Sanoja: Caetano Veloso. Santa Clara, Padroeira Da Televisão.
Santa Clara, padroeira da televisao
Que o menino de olho esperto saiba ver tudo
Entender certo o sinal certo se perto do encoberto
Falar certo desse perto e do distante porto aberto
Mas calar
Saber lancar-se num claro instante
Santa Clara, padroeira da televisao
Que a televisao nao seja o inferno, interno, ermo
Um ver no excesso o eterno quase nada (quase nada)
Que a televisao nao seja sempre vista
Como a montra condenada, a fenestra sinistra
Mas tomada pelo que ela e
De poesia
Quando a tarde cai onde o meu pai
Me fez e me criou
Ninguem vai saber que cor me doi
E foi e aqui ficou
Santa Clara
Saber calar, saber conduzir a oracao
Possa o video ser a cobra de outro eden
Porque a queda e uma conquista
E as miriades de imagens suicidio
Possa o video ser o lago onde Narciso
Seja um deus que sabera tambem
Ressuscitar
Possa o mundo ser como aquela ialorixa
A ialorixa que reconhece o orixa no anuncio
Puxa o canto pra o orixa que ve no anuncio
No cauboi, no samurai, no moco nu, na moca nua
No animal, na cor, na pedra, ve na lua, ve na lua
Tantos niveis de sinais que le
E segue inteira
Lua clara, trilha, sina
Brilha, ensina-me a te ver
Lua, lua, continua em mim
Luar, no ar, na TV
Sao Francisco
Que o menino de olho esperto saiba ver tudo
Entender certo o sinal certo se perto do encoberto
Falar certo desse perto e do distante porto aberto
Mas calar
Saber lancar-se num claro instante
Santa Clara, padroeira da televisao
Que a televisao nao seja o inferno, interno, ermo
Um ver no excesso o eterno quase nada (quase nada)
Que a televisao nao seja sempre vista
Como a montra condenada, a fenestra sinistra
Mas tomada pelo que ela e
De poesia
Quando a tarde cai onde o meu pai
Me fez e me criou
Ninguem vai saber que cor me doi
E foi e aqui ficou
Santa Clara
Saber calar, saber conduzir a oracao
Possa o video ser a cobra de outro eden
Porque a queda e uma conquista
E as miriades de imagens suicidio
Possa o video ser o lago onde Narciso
Seja um deus que sabera tambem
Ressuscitar
Possa o mundo ser como aquela ialorixa
A ialorixa que reconhece o orixa no anuncio
Puxa o canto pra o orixa que ve no anuncio
No cauboi, no samurai, no moco nu, na moca nua
No animal, na cor, na pedra, ve na lua, ve na lua
Tantos niveis de sinais que le
E segue inteira
Lua clara, trilha, sina
Brilha, ensina-me a te ver
Lua, lua, continua em mim
Luar, no ar, na TV
Sao Francisco
Caetano Veloso
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